O Bulldog Francês foi criado para ser uma versão mini do conhecido Buldogue Inglês. Os primeiros cães da raça eram os menores filhotes de ninhadas de Bulldog Inglês, onde o principal objetivo da criação, era o uso da raça para esporte onde o animal era usado como isca em lutas com touros.
Mas com a proibição desse evento, por volta de 1850 juntamente com a revolução industrial, onde muitos rendeiros acabaram sendo substituídos por máquinas. Sem emprego, muitos desses trabalhadores migraram para a França na procura de uma melhor condição. Nesta época o bulldog possuía um único tamanho na Grã-Bretanha, onde cães nascidos abaixo deste tamanho eram rejeitados.
Ao chegar na França, os bulldogs encontraram um cenário favorável para se desenvolverem. No início eram desenvolvidos para caçarem ratos, mas seu estilo e charme foi logo reconhecido através de pinturas do artista DegasToulouse-Lautrec, tornando os Bulldogs populares até mesmo na Inglaterra, onde no início não haviam caído nas graças.
De visual charmoso e personalidade vibrante, por vezes até travessa, foi se tornando o cãozinho do momento em importantes centros da Europa.
O primeiro registro da raça é de 1885, sendo o primeiro padrão estabelecido em 1898, ano em que a Sociedade Canina Central (Kennel Club Francês) reconheceu o Bulldog Francês como raça. O primeiro bulldog francês foi exposto em 1887.
Hoje, os bulldogs franceses são excelentes cães de companhia, e uma das raças mais amadas no mundo. Sua feição engraçada e seu temperamento divertido contagia qualquer um, impossível passear com um bulldog francês e não ter seu cãozinho tietado por olhares apaixonados.
O temperamento do Bulldogue Francês também confere um tom especial à raça, são cães normalmente alegres, companheiros, brincalhões e muito inteligentes. Como todas as raças de companhia, eles necessitam, acima de tudo, de contato constante com humanos. Suas necessidades de exercícios são mínimas e variam de cão para cão. Eles tem picos de energia durante o dia, mas em geral são cães tranquilos.
Sendo uma raça braquicefálica, é essencial que seus futuros donos entendam de Bulldogues Franceses. Seu sistema de respiração comprometido não os permitem regular suas temperaturas eficientemente. Além do mais, os Bulldogs Franceses são bem pesados e podem ter dificuldade em nadar. Sempre cuidado quando exercitar seu Bulldogue Francês no calor.
O Bulldogue Francês é uma raça essencialmente com sangue bull e sangue terrier. Portanto, não é nenhuma surpresa que os problemas podem surgir quando dois cães dessa raça se juntam, principalmente quando são do mesmo sexo. Donos que estão considerando adicionar um segundo cão à sua família são geralmente advertidos e aconselhados a escolherem cães de sexo oposto. Eles precisam ser socializados desde cedo pra se acostumarem com outros cães.
Tipicamente um molossóide de pequeno porte. Poderoso para seu pequeno talhe, brevilíneo, atarracado em todas as suas proporções, de pêlo raso, de focinho curto e trufa achatada, de orelhas empinadas, com uma cauda naturalmente curta. Seu aspecto é de um animal ativo, inteligente, muito musculoso, de estrutura compacta e sólida ossatura.
As cores admitidas no padrão exótico são:
Azul:
Azul tigrado:
Pied (cores exóticas)
Lilac
Chocolate
Merle
Sable
Tricolores (todas as cores exóticas)
Muito forte, larga e cubóide. A pele forma pregas e rugas quase simétricas. A cabeça do Buldogue Francês é caracterizada por uma retração da maxila com o crânio, ganhando em largura o que perdeu em comprimento.
Crânio: largo, quase plano com a testa muito arqueada. Arcadas superciliares proeminentes, separadas por um sulco sagital particularmente desenvolvido entre os olhos. O sulco não se prolonga para a testa. Crista occipital muito pouco desenvolvida. Stop: profundamente acentuado.
Larga, muito curta, arrebitada, com narinas bem abertas, simétricas e inclinadas obliquamente para trás. A inclinação das narinas bem como a trufa arrebitada devem todavia permitir a respiração nasal normal.
Cana nasal: larga, muito curta, apresentando pregas centrais simétricas, descendo sobre os lábios superiores (comprimento 1/6 do comprimento total da cabeça).
Lábios: espessos, um pouco soltos e pretos. O lábio superior junta-se uniformemente com o inferior e oculta completamente os dentes que jamais devem estar visíveis. O perfil do lábio superior é descendente e arredondado. A língua jamais deve ficar à mostra.
Maxilares: largos, quadrados, e poderosos. A mandíbula descreve uma curva ampla, projetando-se à frente dos maxilares. Com a boca fechada, a proeminência da mandíbula (prognatismo) é moderada pela curvatura dos ossos mandibulares. Essa curvatura é necessária para evitar um afastamento muito grande da mandíbula.
Dentes: os incisivos inferiores de modo algum podem estar atrás dos superiores. A arcada dos incisivos inferiores é arredondada. Os maxilares não podem apresentar desvio lateral nem torção. O afastamento das arcadas dos incisivos não é rigorosamente limitado, a condição essencial é que os lábios superiores e inferiores se fechem bem justos de forma a ocultar completamente os dentes.
Faces: os músculos são bem desenvolvidos, mas sem relevo. Olhos: expressão alerta, de inserção baixa, bem longe da trufa e, principalmente, das orelhas; bastante grandes, bem redondos, ligeiramente protuberantes, sem deixar aparente qualquer traço do branco (esclerótica) quando o exemplar olha direto para a frente. A borda das pálpebras é preta. Orelhas: de tamanho médio, largas na base e arredondadas na ponta. Inseridas no alto da cabeça, sem ficarem muito próximas, e portadas eretas. A abertura da concha acústica é voltada para a frente. A pele é fina e macia ao toque.
Curto, ligeiramente arqueado, observa –se volume muscular , ele alarga na direção do ombro.
Progressivamente ascendente no lombo para descender rapidamente na direção da cauda. Esse perfil da linha superior deve ser almejado por causa do lombo curto. Dorso: largo e musculoso. Lombo: curto e largo. Garupa: inclinada. Peito: cilíndrico e bem profundo, costelas chamadas em barril, muito arqueadas. Antepeito: amplamente aberto. Ventre: retraído sem ser esgalgado.
Curta, de inserção baixa na garupa, rente às nádegas, grossa na raiz, em espiral ou quebrada naturalmente e afilada na ponta. Mesmo em movimento, deve ser portada abaixo da horizontal. A cauda relativamente longa (sem ultrapassar a ponta do jarrete), quebrada e afilada, é admitida, mas não almejada.
Vistos de perfil e de frente, são aprumados, paralelos e bem separados. Ombros: curtos, grossos, revelando uma musculatura firme e aparente. Braços: curtos. Cotovelos: trabalham estreitamente ajustados ao corpo. Antebraços: curtos, bem afastados, retos e musculosos. Carpos e metacarpos: sólidos e curtos.
Fortes e musculosos, um pouco mais longos que os anteriores, elevando, assim, o trem posterior. Vistos por trás e de perfil, as pernas são verticais e paralelas. Coxas: musculosas, firmes, sem serem muito arredondadas. Jarretes: bem descidos, nem muito angulados, nem, principalmente, muito retos. Metatarsos: sólidos e curtos. O Buldogue Francês deverá nascer sem ergôs.
As patas anteriores são redondas, pequenas, chamadas pés de gato, bem pousadas no solo, ligeiramente voltadas para fora. Os dedos são bem compactos, de unhas curtas, grossos e bem separados. As almofadas plantares e digitais são duras, espessas. As patas posteriores são bem compactas.
Passadas fluentes, com os membros deslocando-se paralelamente ao plano médio do corpo.
Sem frouxidão.
Curto, cerrado, brilhante e macio, sem subpelo.